terça-feira, 24 de novembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA




LICENCIATURA PLENA E HABILITAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO BÁSICO
PEDAGOGIA
LIANI TAVARES DA SILVA












PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR











Teixeira de Freitas
2015

LIANI TAVARES DA SILVA










PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR





Trabalho do Curso de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em pedagogia.

Orientadora Profº.:Cyntia Simioni França, Melina Klauss, Vilze Vidotti,Okçanna Battini, Samira Kfoure.









Teixeira de Freitas
2015

INTRODUÇÃO


É interessante observar que a eleição de diretores não apenas traz novas determinações ao papel do diretor, mas, em muitos casos, possibilita o acesso ao cargo a um novo contingente de professores que, pelo critério da nomeação clientelista, dificilmente viriam a se tornar dirigentes escolares. Ao mesmo tempo, deve-se observar também que o antigo diretor era mais identificado com as obrigações burocráticas e não tinha um passado de escolha livre por seus comandados como estímulo para defender mecanismos democráticos como passa a ter o diretor eleito.
Finalmente, nota-se que, com a menor preocupação com as questões mais propriamente burocráticas, ganha espaço na pauta de ocupações do diretor a atenção ao pedagógico. A função de direção, anteriormente enredada em múltiplas atividades destinadas a atender solicitações dos órgãos superiores pouco relacionadas com as atividades-fim da escola, de repente se sente também pressionada a dedicar-se com maior cuidado ao pedagógico que, afinal de contas, foi objeto de todos os discursos nas campanhas para a eleição. O processo eletivo, dessa forma, não apenas favorece o comprometimento com a razão de ser da escola, ou seja, o educativo, por parte dos candidatos, mas também propicia a colocação em evidência do pedagógico nas discussões que se fazem, por parte de todos, em torno da questão diretiva. Como consequência, parece estar ganhando maior relevo, tanto nas preocupações dos diretores eleitos, quanto nas exigências de seus liderados, a atenção com as atividades pedagógicas da escola. Na pesquisa de campo, isso transpareceu no depoimento do pessoal escolar bem como de outras pessoas envolvidas nas experiências.







DESENVOLVIMENTO

Quando o assunto são normas educacionais, os desafios dos diretores começam desde o primeiro instante em que entram na escola. Ao assumir o cargo, já é preciso conhecer os estatutos estaduais e municipais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional de Educação, o Plano de Desenvolvimento da Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente e alguns capítulos da Constituição Federal. A tarefa não é simples e, ao ler cada artigo e parágrafo, há que se ter em mente que a finalidade de todos é uma só: garantir que os alunos aprendam.

Para atingir esse objetivo e estar sempre dentro da lei, o bom gestor deve, segundo Maria do Pilar Lacerda, secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, seguir cinco princípios fundamentais: "Quem age com transparência, publicidade, moralidade, impessoalidade e economicidade age com ética". Com um exemplo simples, a compra de papel para a escola, dá para entender o que ela quer dizer. Toda a comunidade deve saber da aquisição do material (transparência) e, para isso, o diretor precisa avisar todos (publicidade). Não se pode comprar de um parente (impessoalidade, moralidade) e deve-se procurar sempre a melhor relação custo/benefício (economicidade).

"A garantia do ensino é um processo que envolve toda a instituição. À frente dele está o gestor, que precisa se questionar continuamente sobre a maneira como lê as normas municipais, estaduais e federais e sobre o que ele próprio está fazendo para que as condições de aprendizagem sejam cumpridas", diz Maria Maura Gomes Barbosa, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac) e formadora de professores e diretores.




DEBATE - PERGUNTAS:

1- Atualmente muito se tem falado em “gestão democrática da
escola pública”. Afinal, qual a definição da expressão “gestão
democrática” no âmbito da escola publica?

2- Falar em gestão democrática da escola pública remete-nos obrigatoriamente a pensar em autonomia e participação. Como
interpretar esses dois conceitos, já que há diferentes possibilidades de
compreendê-los?

3- A gestão democrática da escola pública é uma concepção
recente?

4- Seria correto afirmar que numa gestão democrática todo e
qualquer partícipe da comunidade escolar pode, de forma pessoal e
direta, intervir nas ações e projetos da escola?

5- Falar de gestão democrática da escola pública implica,
obrigatoriamente, falar de órgãos colegiados. O que são órgãos
colegiados e como se dá a relação deles com a gestão democrática?

6- Qual o lugar que o Conselho Escolar ocupa na estrutura geral da
escola, especialmente entre os demais órgãos colegiados?

7- O princípio da gestão democrática da escola pública deve ser
entendido como uma dádiva do governo?

8- A gestão democrática da escola pública deve ser entendida
como uma forma que o Estado/Município encontrou para se desobrigar de suas
responsabilidades?

9- Qual o papel do diretor/diretora na gestão democrática da
escola pública?

10- O livre acesso às informações é um dos princípios da
democracia. O que dizer desse princípio no contexto da gestão
democrática da escola pública?



























CONSIDERAÇÕES FINAIS

O diretor de uma instituição de ensino é um professor. E como tal apresenta uma postura essencialmente pedagógica. No entanto, o que se vê em muitas Unidades de Ensino é que o professor que assume a função de diretor da instituição se burocratiza, deixando para segundo plano a parte pedagógica, que deveria ocupar mais seu tempo, já que esta é essencial no processo de ensino-aprendizagem.
Além disso, existem obstáculos no trabalho do gestor, pois este às vezes se sente pressionado pelos profissionais que o elegeram, que desejam ser beneficiados de alguma forma, quando deveriam agir em conformidade com o gestor, contribuindo para uma nova visão da educação e do ambiente escolar.
Dentre os vários benefícios da gestão democrática, com eleição de diretores, está a maior participação da comunidade local nas decisões da escola. A escola está mais aberta a interferências externas e, assim, esse segmento se sente mais à vontade para expor suas opiniões e sugestões.
Para que este processo de escolha de diretores funcione, é necessário que sejam estabelecidos critérios que nortearão o pleito e o trabalho do gestor, observando o que determina a legislação. Assim, evita-se a duplicidade de interpretações e esclarece as funções do novo diretor.













REFERÊNCIAS


LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (Org.). São Paulo; Cortez, 1996, p. 127.

Brasil. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases para Educação Nacional.

SOUZA, A.R. Explorando e construindo um conceito de gestão escolar democrática. Educação em Revista. Belo Horizonte. v.25, n.03, p.123-140, dezembro, 2009.

VEIGA, I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político Pedagógico. In: VEIGA, I.P.A.; RESENDE, L.M.G. de (Orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 13. ed. São Paulo: Papirus, 2008.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n°9394/96 -
Brasília: Imprensa Oficial, 1996

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