sábado, 24 de outubro de 2015

Fundamentos e Metodologia do Ensino do Movimento

Fundamentos e Metodologia do Ensino do Movimento

O trabalho de Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental é importante, pois possibilita aos alunos terem, desde cedo, a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais, como jogos, esportes, ginásticas e danças, com finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções.
O ato de ensinar é uma ação que exige conhecimento, e, para tanto, é necessário que o docente possua uma sustentação teórica para a sua práxis. Para atuar com a disciplina da educação física, o docente necessariamente deverá possuir os mesmos conhecimentos que qualquer outro educador, além do conhecimento específico da disciplina.
A disciplina de educação física no contexto escolar não deverá se preocupar em ensinar movimento ao sujeito, pois o movimento é inato do ser humano, nem tão pouco ensinar o movimento do homem, mas sim o homem em movimento.
É necessária uma pesquisa por parte do docente, para um prévio conhecimento do conteúdo a ser trabalhado com os educandos. Não basta dar uma bola para as crianças brincarem ou pensar somente em que atividade será representada na aula. Existe a necessidade de conhecer e compreender profundamente o conteúdo enquanto docentes antes de aplicá-lo em aula.
O termo lateralização vem do latim, e quer dizer “lado”, tem sido tema de estudo de muitos autores, nomeadamente aos que se dedicam ao estudo da psicomotricidade, da linguagem e das dificuldades de aprendizagem.
O que determina se a criança usará predominantemente a mão direita ou a esquerda, por exemplo, é a chamada lateralização ou dominância lateral.
Durante o crescimento naturalmente se define uma dominância lateral na criança, ela será mais forte, mais ágil do lado direito ou do lado esquerdo. A lateralidade corresponde a dados neurológicos, mas também é influenciada por certos hábitos sociais.
A lateralidade é a propensão que o ser humano possui de utilizar preferencialmente mais um lado do corpo que o outro. Isto significa que existe um predomínio motor, ou melhor, uma dominância de um dos lados. Desta maneira o lado dominante se caracteriza por possuir maior força muscular, uma melhor precisão e também maios velocidade nos movimentos destes membros dominantes.
Segundo Oliveira (1997, p.63), é o lado dominante que inicia e executa a ação principal. “O outro lado auxilia esta ação e é igualmente importante. Na realidade os dois não funcionam isoladamente, mas de forma complementar.”
Existem algumas hipóteses que tentam explicar o porquê de preferência pelo indivíduo, de um lado do corpo em relação ao outro. Uma delas é a hipótese da dominância lateral.
Quando o indivíduo é forçado a fazer uma mudança de dominância lateral, esta situação pode resultar em muitos efeitos negativos, tais como: dificuldade em aprender os conceitos de direita e esquerda, comprometimento na leitura e escrita, má postura, dificuldade de coordenação motora, dificuldade de discriminação visual, perturbações afetivas, aparecimento de maior número de sincinesia (comprometimento de alguns, músculos que não participam de uma ação especifica e se movem, sem a necessidade) e dificuldade de estruturação espacial, uma vez que esta faz parte integrante da lateralização.